Roberto Azoubel Cremeb 7343 – Médico do Núcleo da Mama Vide Curriculum resumido na seção Corpo Clínico
Devido à grande importância do aleitamento materno, foi escolhido 1° de agosto como dia mundial da amamentação, visando promover o exercício da amamentação natural com o objetivo de combater a desnutrição infantil e possibilitar a criação de bancos de leite para as crianças que não podem ser amamentadas por suas mães.
Além dos laços afetivos com a mãe, a amamentação é a forma de a criança receber nutrientes importantes que ajudam no seu desenvolvimento, bem como transfere células com ação imunológica que imunizam a criança contra algumas doenças. O leite materno é de fácil digestão e é o mais completo alimento para o bebe ate o 6° mês de vida. A amamentação fortalece a musculatura da boca e da face da criança melhorando o desempenho das funções de sucção, mastigação, deglutição e fala.
Para amamentar, a mulher deve tomar alguns cuidados como:
1 – Conservar os seios sempre arejados.
2 – Limpar o mamilo e a aréola com água fervida antes e depois da amamentação.
3 – Em caso de rachaduras, continuar amamentando o bebê pelo seio menos ferido, retirando o leite do lado afetado por expressão manual;
4 – Não usar pomadas no local da rachadura. Utilizar o próprio leite, que também funciona como um excelente cicatrizante nesses casos.
5 – Caso o seio fique duro e ou empedrado, procure usar sempre sutiã, suspender bem os seios para facilitar a saída do leite. Procure amamentar com maior freqüência.
6 – Caso a mamas fiquem muito cheias, massageie e retire o excesso de leite para facilitar a sucção pela criança.
7 – Faça massagens nas mamas com a polpa dos dedos em movimentos circulares no sentido da aréola para o tórax.
A UNICEF/OMS recomenda que a criança seja amamentada exclusivamente com o leite materno nos primeiros 6 meses de vida, quando então começa a associar outros alimentos. Se possível deve-se amamentar a criança até os 2 anos de idade.
Uma das principais causas de desmame é a mastite. A mastite é a inflamação da mama, que pode evoluir para uma infecção bacteriana. Os principais sinais e sintomas da mastite são a febre, calafrios, cansaço generalizado e mamas avermelhadas, sensíveis, doloridas, quentes e endurecidas. A mastite é iniciada pela eliminação de leite menor que a produção, quando o bebê não esvazia completamente a mama, mais comumente pela pega incorreta do bebê. Na mastite bacteriana não se sabe ao certo como a bactéria penetra na mama, sendo uma das possibilidades pelas rachaduras nos mamilos.
O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível para impedir sua evolução para formação de abscesso mamário, que exige cirurgia, e é feita com antibióticos, analgésicos se necessário, amamentação, compressas quentes e/ou frias e massagens seguida de ordenha. Para prevenir a mastite é importante não permitir o acumulo de leite nos ductos mamários, expor as mamas diretamente ao sol diariamente, antes das 10h, que trás mais resistência à pele, e durante o banho esfregar suavemente bucha vegetal no mamilo e aréola, que assim ficam mais resistentes.
Existem muitos mitos associados à amamentação.
1 – Leite fraco: não existe. Está relacionado com o fato de o bebê querer mamar com muita freqüência, pela rápida digestão do leite humano.
2 – Amamentar faz as mamas caírem: não. Isto pode ocorrer quando não se usa o suporte adequado para as mamas, mudanças bruscas de peso da mulher e tendência genética.
3 – Mamas volumosas produzem mais leite que as mamas pequenas: Não. O leite é produzido fisiologicamente em qualquer mama.
4 – Mamas que produzem pouco leite: não. Pode ocorrer se a mulher limitar as mamadas, já que a sucção do bebê mantém a produção de leite. Uma boa alimentação e hidratação fazem as mamas produzirem o leite normalmente. Entretanto algumas mulheres apresentam uma real baixa produção ou escassez de leite. Os problemas que podem gerar essa verdadeiramente baixa ou nenhuma produção de leite são os seguintes:
5 – Hipotiroidismo: O tratamento adequado resolve o problema.
6 – Retenção de placenta: Com a expulsão da placenta, a produção se normaliza.
7 – Agenesia do tecido mamário: Rara atrofia das mamas. Não impede a amamentação, mas a produção é baixa.
8 – Cirurgia de redução mamária: Há mães que conseguem amamentar, outras não, outras conseguem com complementação.
9 – Síndrome de Sheehan: Necrose da hipófise. A mulher não produz leite.
10 – Déficit congênito de prolactina: Ausência do hormônio produtor de leite. Doença raríssima.
11 – Desnutrição grave: O estado de desnutrição pode levar à diminuição da produção de leite.
Clínica inova com serviço de diagnóstico rápido – Edição Setembro 2016
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