O câncer, mais que uma doença, é uma forma de adoecer, em sua maioria, crônica e progressiva. A perda de controle da divisão celular pelo organismo, leva a uma proliferação desordenada, culminando com invasão de órgãos e tecidos.
O câncer de mama é uma das principais causas de morte no mundo, com cerca de 7 milhões de casos novos por ano. Somente 05 a 10% destes casos são hereditários, os demais (90 a 95%) estão associados à exposição a fatores ambientais. Para o câncer de mama, há fatores de risco bem estabelecidos: menarca precoce, menopausa tardia, não amamentar, alcoolismo… Estes fatores não explicam todos os casos, gerando a necessidade de novas pesquisas.
Estudos epidemiológicos, em diversos países, têm associado o aumento na incidência do câncer de mama com determinadas mudanças no estilo de vida. Estas mudanças têm aumentado a prevalência de obesidade e diabetes mellitus (DM) nestas localidades. Residentes de áreas de baixa prevalência de câncer de mama, que migram para um país de alta prevalência, com o tempo, adquirem esta mesma alta frequência da doença.
Pesquisa realizada nas clínicas Núcleo da Mama e NOB, no formato de caso-controle evidenciou a associação entre diabetes mellitus e câncer de mama. As mulheres diabéticas apresentam um aumento de risco de odds ratio (razão de chances) de 3,45, sendo o intervalo de confiança de 1,49 – 8,16, e p=0,004, ou seja, existe relação entre ser diabética e maior risco de desenvolver câncer de mama.
A insulina e o sistema IGF (fator de crescimento semelhante a insulina) possuem efeitos mitogênicos diretos, lesão no DNA e consequente formação de novos cânceres. Na diabetes ocorre um aumento da proliferação celular, da angiogênese, efeito anti-apoptótico, diminuição da adesão celular com facilidade de invasão de tecidos locais e metástase, ações estas que favorecem ao crescimento de um câncer. Outras alterações da DM nas mulheres é o aumento dos níveis de estrogênio circulante por diminuição do SHBG (globulina carreadora dos hormônios sexuais) e produção periférica dos estrogênios. Estudos observacionais têm demonstrado um papel de prevenção do câncer de mama com uso de metformina (medicação hipoglicemiante).
Deve-se estimular os pacientes a ter um estilo de vida mais saudável, com responsabilidade sobre a alimentação, atividade física, lazer e dando devida importância a vida pessoal, familiar e espiritual.
Clínica inova com serviço de diagnóstico rápido – Edição Setembro 2016
This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.
Strictly Necessary Cookies
Strictly Necessary Cookie should be enabled at all times so that we can save your preferences for cookie settings.
If you disable this cookie, we will not be able to save your preferences. This means that every time you visit this website you will need to enable or disable cookies again.